terça-feira, 18 de maio de 2010

A literatura infanto-juvenil

Ao refletirmos sobre a tradição ocidental relacionada à Literatura infanto-juvenil, percebemos que a criança era vista como um adulto em miniatura, não havia ideia de infância. Contudo, com o movimento do Iluminismo, no século XIX, trazendo a valorização do pensamento fundamentado na razão, a criança passa a ser vista sob uma nova ótica, passando a ter um lugar no contexto da cultura familiar. Além disso, trouxe a descoberta da criança como um ser diferente do adulto, com isso, ela passa a ter suas necessidades levadas em conta para a sua formação, inclusive a leitura.
Com a ascensão da burguesia como grupo dominante, passaram por consumirem cultura literária, e dos momentos em que as crianças compartilhavam leituras com os adultos surge à preferência, por parte delas, pelas histórias ricas em fantasias e aventuras (os primeiros textos a serem chamados Literatura infanto-juvenil, na verdade eram escritos para adultos). Mesmo estas narrativas não sendo escritas com o objetivo de fidelizar este público, acabaram sendo “adotadas” por eles. Surgiu, então, a preocupação de se criar histórias que possuíssem um enredo de fácil compreensão pelas crianças, daí os contos orais sofreram alterações até serem incorporados a Literatura infanto-juvenil. As narrativas que deram origem a esse gênero possuem uma simbologia que é utilizada até os dias de hoje.
Entretanto, a literatura voltada para jovens e crianças, era e ainda é considerada por muitos como um gênero menor (uma sub-literatura), ligado a brincadeiras ou que se destina apenas para o aprendizado. É uma concepção errônea , o que difere a Literatura infanto-juvenil de outras formas de literatura são as lições de aprendizado contidas nela.

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